Turismo

Atrativos naturais

Criada ao longo de milênios pelo generoso rio Paraíba do Sul, terra de aluvião, a planície goitacá encanta com a sua fauna e flora riquíssima e diversificada, vastidão de verdes de todas as tonalidades, varrida pelo vento nordeste. Os Campos dos Goytacazes se estendem até o oceano Atlântico, ponto inicial da colonização de origem portuguesa. Possui lindas praias, todas com ondas fortes e desertas. São frequentadas mais por surfistas, mas a população também vai. Em algumas praias, há colônias de pescadores.

Como atrativos naturais destacam-se:

  • Região do Imbé
  • Região da Bela Joana
  • Região das Serras (pico São Mateus, pedra Lisa [pico de 726 metros] e pedra do Baú)
  • Praia do Farol de São Tomé
  • Rio Preto
  • Lagoa de Cima
  • Senador Amaral (Cidade de Cayola Berola)
  • Morro do Itaoca (morro do rato)
  • Lagoa Limpa
  • Rio de Donana

Solares

Destacam-se:

  • Solar dos Airizes (situado na margem direita do rio Paraíba do Sul, próximo a Martins Laje, construído em meados do século XIX. Foi o primeiro imóvel de Campos tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, em 1940 e serviu de inspiração e cenário para o escritor Bernardo Guimarães, autor do romance “A escrava Isaura“, conhecido mundialmente)
  • Solar do Colégio (em estilo barroco jesuítico, construído pelos jesuítas na metade do século XVII. No altar de sua capela, está sepultada Benta Pereira. Atual sede do Arquivo Público de Campos.)
  • Solar do Barão de Pirapetinga (construído entre 1861 e 1865)
  • Solar Saturnino Braga (sua construção data da primeira metade do século XIX)
  • Solar do Visconde de Araruama (construído em 1852)
  • Solar da Baronesa (construído em 1823)
  • Solar do Barão da Lagoa Dourada (construído em 1860 e atual sede do Liceu de Humanidades de Campos)
  • Solar do Barão de Carapebus (construído em 1846 e atual Asilo do Carmo)
  • Solar do Barão de Muriaé (construído na primeira metade do século XIX e é ocupado pelo Corpo de Bombeiros).

Histórico-cultural

Casarios
  • Hotel Gaspar (construído por volta de 1830)
  • Hotel Palace (construído por volta de 1850)
  • Casa da Família Rodrigues (construída em 1870)
  • Santa Casa de Misericórdia (obra entregue em 1944), (Hoje é um Hospital)
  • Lira de Apolo (inaugurada em 1912)(abandonado pelos governantes)
  • Villa Maria (construída em 1918)
Praças, jardins, edifícios, marcos históricos e culturais
  • Academia Campista de Letras
  • Banco do Vovô (construído em 1872, localizado no centro de Campos)
  • Barão do Rio Branco
  • Boulevard Francisco de Paula Carneiro
  • Correios e Telégrafos (sua primeira agência foi inaugurada em 1875)
  • Fórum Nilo Peçanha (construído em 1935 com arquitetura inspirada ao Parthenon de Atenas)(hoje é a Câmara Municipal)
  • Jardim do Liceu (em volta da Câmara Municipal),

Villa Maria e o Liceu de Humanidades de Campos, umas das áreas mais bonitas de Campos.

  • Liceu de Humanidades de Campos
  • Livraria Ao Livro Verde (livraria mais antiga do Brasil, construída em 1844, figura no Livro Guinness dos Recordes como a livraria mais antiga do Brasil)
  • Obelisco (construído em 1911)
  • Palácio da Cultura e Pantheon
  • Praça do Santíssimo Salvador
  • Praça Dr. Nilo Peçanha (atual jardim São Benedito)
  • Torre da Fábrica de Tecidos (construída em 1885)
  • Praça 4 Jornadas
  • Praça de Don’Ana
  • Praça do Flamboyant
  • Jockey Club de Campos dos Goytacazes (Hipódromo Lineo de Paula Machado) (Desativado, foi a leilão em 2011. Possui novo proprietário.)
  • Praça do Horto (Pertencente ao conjunto de casas ao lado do Horto Municipal. É o único conjunto de casas que não é condomínio fechado no bairro que foi urbanizado na década de 70)

Regiões Turísticas de Campos dos Goytacazes, RJ

1ª – Centro Histórico

Compreende a área histórica da cidade de Campos. Quem o visita tem o privilégio de conhecer um pouco sobre o cenário no qual viveram os primeiros moradores do século XVIII e XIX, e atual centro econômico e financeiro do município.
A arquitetura civil e  religiosa são exuberantes e receberam influência da arquitetura portuguesa. A cidade vem passando por várias reformas, numa tentativa de conservar seu aspecto colonial, como o Museu de Campos, aliado à contemporaneidade.

– Características:

Ruas estreitas
Fachadas coloniais
Solares

– Principais Prédios do Centro Histórico:

Basílica Menor do Santíssimo Salvador

– 1678 – O atrativo encontra-se na praça principal da cidade tendo em seu entorno monumentos históricos seculares. A igreja Matriz do Santíssimo Salvador sobressai do conjunto arquitetônico, por sua imponência e localização, de frente para o Rio Paraíba do Sul.
Foi a primeira igreja de Campos, mandada construir por Salvador Correa de Sá e Benevides no local onde hoje funciona a Igreja de São Francisco. A fachada principal compõe-se de um vão coberto e sustentado por quatro colunas. Por este vão, chega-se a três portas que fazem o acesso principal de igreja. Há uma varanda com muro balaustrado, onde se distribuem quatro estátuas, de tamanho natural.
Com a criação do Bispado de Campos, a velha Matriz se transforma em Catedral, tendo sido praticamente demolida para surgir o templo projetado por D. Henrique Mourão e empreendido por Monsenhor João de Barros Uchôa, em estilo neo-clássico.

Museu de Campos

O Museu de Campos instalado no prédio histórico onde foi o casarão do Solar do Visconde de Araruama, construído no fim do século XVIII, e, depois, sede da Prefeitura de Campos, Câmara Municipal de Campos e Biblioteca Municipal.
Compõe-se de dois prédios independentes, interligados internamente, com estilos arquitetônicos e ocupações diferenciadas. Um ostenta fachada neoclássica fruto das reformas sofridas; o outro de menores proporções, apresenta estilo  eclético. Ambos tiveram as mais variadas utilizações ao longo do tempo. O prédio da direita abrigou a Câmara Municipal e a Prefeitura Municipal. Este prédio havia sido originalmente construído para ser sede do Quartel do Corpo de Bombeiros. Sem ter tido este uso, foi anexado ao edifício da Câmara (obra do engenheiro-arquiteto Miguel Clament) e nele inaugurado a Biblioteca Municipal em 21 de abril de 1903. O sobrado tem sua fachada principal voltada para a Praça São Salvador e sua fachada posterior para a rua Barão do Amazonas.

Casario

-Faculdade de Direito

Em 1869, sob responsabilidade dos engenheiros William Elison e Jorge Widon, foi iniciada a construção da primeira estação ferroviária de Campos, no Largo do Rocio, que ligaria Campos a São Sebastião. Por volta de 1889, depois de construída a estação da Avenida no Passeio Municipal (Av. 28 de março), a antiga estação foi desativada e doada à municipalidade.
Por quase meio século, o prédio foi novamente ocupado pela Escola de Aprendizes e Artífices (do antigo CEFET), que iniciou suas atividades em 1909 e que para tanto sofreu ampla reforma e ampliação, quando ganha a fachada hoje existente. Detalhes manuelinos em seus pináculos.
Com a criação da Faculdade de Direito em 1963, esta transferiu-se mais tarde para o prédio da primeira estação da estrada de ferro.
Foram necessárias adaptações e construções para o início da faculdade que lá permanece até os dias de hoje.

– Faculdade de Medicina

O prédio que hoje abriga a Faculdade de Medicina, teve sua obra iniciada em 1925, para instalação da Fundação Policlínica de Campos, obra concluída com a colaboração do Governo do Estado. Com a criação da Fundação Policlínica e Maternidade de Campos, em 1934, foi construído um novo prédio junto ao primeiro, com a ajuda da comunidade.
Em 1946, com a transformação da entidade em policlínica Maternidade e Hospital Infantil de Campos, construiu-se um novo prédio junto aos anteriores, todos com três pavimentos. Em 1962 foi criada a Fundação Benedito Pereira Nunes, mantenedora da Policlínica Maternidade e do Hospital Infantil. Três anos depois, o complexo passou a servir à Faculdade de Medicina, que se instalou no local em 1967.

– Colégio Batista Fluminense

Fundado em Campos em 1914, cujo lema é “A educação da alma é a alma da educação”.
Foi o primeiro estabelecimento a criar em Campos os cursos Ginasial, Científico, Normal e Contabilidade, à noite. Até então, tais cursos  só eram ministrados durante o dia. O ano de 1936 foi um marco de grande progresso para o Colégio Batista Fluminense! Assumiu o cargo de diretor o professor e pastor João Barreto da Silva. Além de grande inovador no setor do ensino, o ilustre educador e admirável figura humana, lutou e muito em favor da construção da bela e nova sede do educandário, cuja inauguração só veio a ocorrer após o seu falecimento em 1963, quando lamentavelmente desapareceu vítima de um desastre de automóvel. A seguir assumiram a direção do Colégio Batista outros ilustres diretores. Mas o vulto inesquecível – João Barreto da Silva – deixou plantada a semente que foi vitoriosamente desenvolvida por essa figura de destaque do sacerdócio protestante mundial: Dr. Ebenézer Soares Ferreira. Com ele, mais do que nunca, o Colégio Batista Fluminense tornou-se luz, cujo brilho tem se espalhado por toda a planície goitacá e no norte fluminense.

– Lira de Apolo

O prédio da Lira de Apolo, situado na Praça São Salvador, próximo à Catedral, sobressai do conjunto arquitetônico no quarteirão do qual faz parte, pelo tratamento mais elaborado da sua fachada e pelos dois telhados pontiagudos. Tem em seu entorno casas e edifícios comerciais, se destacando os prédios da Igreja Matriz (Catedral), do Hotel Gaspar e da antiga residência do Visconde de Araruama (Museu Campos dos Goytacazes), o monumento ao Expedicionário e o Chafariz Belga. O prédio inaugurado em 1912, foi construído graças aos donativos e a boa vontade dos associados da Lira, edificada ao gosto eclético e com dois pavimentos. A Sociedade Musical Lira de Apolo ocupava o 1º andar, chegando-se a ela por um lance de escada situado no hall de sua entrada principal.
A parte térrea, ocupada por duas casas comerciais, ladeiam a entrada principal da Lira. Desde a construção do prédio que a parte térrea foi destinada a ser ocupada por casas comerciais, assim aumentando a renda econômica da Sociedade, que sempre foi uma entidade eminentemente popular.
Sua fachada obedece ao eixo central de simetria, valorizado, no térreo, pelo pórtico com pequeno frontão sobre a porta de entrada, no pavimento superior, pela porta-janela recuada, criando uma área sombreada na pequena varanda que se forma.
No hall de sua entrada principal, cobrindo as duas paredes laterais, existiam dois painéis; o da direita representava uma alegoria do deus Apolo, em pé numa biga puxada por três cavalos e o da esquerda uma alegoria ao compositor Carlos Gomes e suas obras. Quando de sua estada em Campos, Carlos Gomes fez questão de visitar a Lira de Apolo.

– Casa da Família Rodrigues

Caso mais raro de construção de características nobres feitas sobre alinhamento do terreno. Aspecto sereno, equilibrado, ao estilo neoclássico. Construída em 1870, pertenceu ao Barão de Miracema, Dr. Lourenço Maria de Almeida Batista. Foi durante algum tempo internato do Colégio Bittencourt. Adquirida pelo viajante Laert Sá, onde residiu pouco tempo com a família, passou às mãos do sr. Salvador Gonçalves. Hoje, ainda serve de residência. Localizada na Praça Barão do Rio do Branco. Foi tombada pelo INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural), em 1988.

– Hotel Gaspar

Construção da primeira metade do século XIX, em três pavimentos, onde predomina o eclético. Sua construção data por volta de 1830 e foi edificado para servir de residência na cidade do Dr. José Gomes da Fonseca Paraíba, o comendador Paraíba, fazendeiro campista. Morreu em 1882 deixando seus bens para a Santa Casa de Misericórdia em uso fruto de sua viúva. Foi vendido mais tarde ao senhor Gaspar Cardoso que  passou a explorar o prédio como um hotel com o nome Grande Hotel Gaspar. Ponto de encontro para reuniões abolicionistas e republicanas, foi palco de grandes festas, principalmente no período em que lá se hospedavam os franceses e ingleses contratados para serviços de melhoramentos da cidade. Nele se hospedaram personagens ilustres como o maestro Carlos Gomes (1891) e o escritor Mário de Andrade (1935). O prédio já sofreu várias reformas até adquirir a fachada que tem hoje.
Foi tombado pelo Estado em 1985. Não é mais hotel.

– Villa Maria

Sua construção data do início do século XX, ano de 1918. O atrativo foi construído para residência da Srª. Maria Queiroz de Oliveira, popularmente conhecida como Dona Finazinha, por ter nascido em dia de Finados, grande proprietária rural, usineira (Usina Mineiros, não mais existente), figura influente nos negócios e na sociedade campista da sua época, famosa por seus atos de filantropia e assistência à grande parcela da população carente do município.
Essa residência hoje conhecida como Casa de Cultura Villa Maria, foi doada, ainda em vida, por Dona Finazinha, para servir de reitoria de uma futura universidade. Foi sede da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, por decisão do testamenteiro, o desembargador Paulo Pinto.
A Villa Maria  representa a opulência dos usineiros de açúcar no início do século XX, quando Campos se assenhorava dos domínios da cana. Caracteriza-se por sua arquitetura vilino italiana, tendo sido construída com materiais de alto custo e rara beleza. Foi projetada para ser vista de vários ângulos, o que representou a necessidade de algumas acomodações internas proporcionando uma fachada harmoniosa e extremamente fiel ao estilo visado. Além dos vários salões ricamente ordenados, bem como escadarias, conserva em seus jardins boa parte do que anteriormente compunha a chácara de fruteiras.
Tombado juntamente com o Solar do Barão da Lagoa Dourada, o Fórum Nilo Peçanha (e a área circunvizinha ao coreto do Liceu de Humanidades) e Praça Barão do Rio Branco pelo INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural), em 1988.
Horário de Visitação: de 2ª a 6ª feira das 08h às 19h e aos sábados e domingos, somente visitação externa.

– Hospital Beneficência Portuguesa

Em 1852, surgiu a Sociedade Portuguesa de Beneficência, instituição sem fins lucrativos, que dava assistência médica, e até jurídica em determinados casos, a patrícios que para cá vinham da distante terra além-mar. Os critérios da direção da Sociedade de Beneficência Portuguesa no século XIX não eram os mais favoráveis à permanência de brasileiros natos em seu corpo de sócios. Apesar de toda retaliação contra os brasileiros mais abastados por parte dos portugueses, eles eram necessários para a continuidade da sociedade, então foi preciso aceitar a permanência dos burgueses campistas, que na verdade, eram os que sustentavam a Sociedade e possibilitaram a construção da sede do hospital, que só seria inaugurado 20 anos depois da fundação, em 1872.
Logo na entrada pela porta principal, vê-se o salão, dotado de uma estátua com fendas para colocação de donativos, hoje já fora de uso, sendo mero artigo de decoração do amplo ambiente. Lustres de cristal e móveis de época ainda fazem parte da atmosfera lusitana que envolve o local. A parte externa do prédio é maciçamente decorada com florões e estátuas, além do escudo da Coroa Portuguesa espalhados pela fachada. A Beneficência descreve perfeitamente a imponência dos prédios lusitanos. Sete anos foram necessários para a construção total do prédio e os comentários da época não falavam somente da imponência ou importância do novo hospital da cidade, mas sim do vexame do mesmo não ter sido benzido ou mesmo abençoado pela igreja local, que se negara a fazer por discordância entre os membros da Igreja e Sociedade. Mesmo sem programação religiosa na capela, a inauguração transcorreu sem maiores problemas. Fazem parte do acervo da Sociedade Portuguesa de Beneficência, livros de atas, fotografias, equipamentos médicos já ultrapassados e vários registros médicos de nascimento, que servem de referência para a história do povo campista e sanjoanense, pois boa parte dos moradores do município vizinho nasceram em Campos. Nem mesmo a administração sabe com exatidão quantas crianças nasceram na Beneficência, mas afirma-se que é o maior hospital em números de partos na cidade e o segundo mais antigo da cidade.
Outra parte cuidadosamente guardada do hospital, é a capela onde todo fim de semana são realizadas missas. Os bancos originais, trazem gravados o escudo português em cada lateral, como todos os artefatos do local. A sala é adornada com retratos dos 53 presidentes que a Sociedade já teve, fazendo com que a capela seja um corredor do tempo, unindo a modernidade das reformas e ampliações, com a realidade beneficente para a qual foi criada.
A Beneficência, hoje, está entre os quatros maiores hospitais da cidade, sendo considerado referência em atendimento ortopédico, cirurgia geral e neurologia. São mais de 450 cirurgias por mês, 400 consultas entre social e conveniadas ao SUS por dia.

– Pálace Hotel

Está instalado no palacete que pertenceu ao comendador Cardoso Moreira, um dos fundadores da Estrada de Ferro Carangola. É um dos hotéis mais tradicionais de Campos, ocupando prédio de valor histórico. Foi adaptado no início do século passado para o serviço de hotelaria e anunciava “boa mesa, vinhos superiores, banhos quentes e de chuva” (atual chuveiro) a preços razoáveis, além de “carro no hotel e nas estações”. Ao longo dos anos vem incorporando-se à modernidade e já construiu um prédio anexo com infra-estrutura adequada e confortável, atendendo assim com fidalguia, aos mais exigentes hóspedes.

–  Câmara de Vereadores  –   antigo Fórum Nilo Peçanha

A construção do século XX é considerada a mais monumental da cidade, pois possui um estilo exuberante, inspirado no Parthenon de Atenas e de estilo dos templos greco-romanos de ordem Corintia. Além da indiscutível beleza de seus aspectos arquitetônicos e de um local onde a justiça prevalece, o Fórum foi tombado pelo patrimônio histórico em 1988 e compõe um belíssimo conjunto arquitetônico do qual também fazem parte os prédios do Liceu de Humanidade de Campos, Solar Visconde de Araruama, e da Casa de Cultura Vila Maria.

– Praça São Salvador  (Santíssimo Salvador)

Em 1835, quando a Vila de São Salvador foi elevada à categoria de cidade, esta era a única praça existente. Conhecida anteriormente como a Praça Principal ou Praça da Constituição, recebeu o nome de Praça do Santíssimo Salvador em 1867. No fim do século XIX, foi fechada por grades, lembrando o Campo da Aclamação no Rio de Janeiro, local aprazível para passeios e conversas ao vento nordeste. Chega ao século XX sendo o centro da vida social do campista. Em 1913, suas grades são retiradas e foi aos poucos se transformando, intercalado por períodos de abandono. Durante o governo Mário Motta (1940/42) se inicia a elaboração do Plano Agache, o primeiro plano diretor da cidade, que previa entre outros, o calçamento da Praça São Salvador com pedras portuguesas. Até esse momento a Praça São Salvador, embora sendo cortada pela Rua Alberto Torres, formava um só conjunto. Foi o historiador Alberto Lamego que sugeriu o nome de Quatro Jornadas para a metade ladeada pela Santa Casa- Igreja Mãe dos Homens e Cadeia- Câmara Municipal, assim denominada em homenagem aos quatro movimentos liderados pela fazendeira Benta Pereira, contra o domínio dos Assecas. Hoje palco de grande acontecimentos religiosos, sociais e políticos.

– Praça Quatro Jornadas

Recebeu este nome devido a quatro importantes acontecimentos históricos comandados por Benta Pereira, importante fazendeira da região. Em 1739, a oposição da câmara à posse de Martim Corrêa de Sá, marcou a primeira jornada. Em 1747, uma nova jornada, com a prisão dos camaristas que não reconheceram a autoridade do Visconde de Asseca. No mesmo ano, o envio dos camaristas para Angola pelo seqüestro da Capitania dos Assecas, confirmou a terceira jornada. E a quarta jornada, em 1748, quando houve o ataque e tomada da casa do Capitão-mor. Fazendo parte da Praça São Salvador, só recebeu o nome de Quatro Jornadas, quando o escritor Alberto Lamego o propôs em homenagem à Benta Pereira.

– Chafariz Belga

Em 1902, a Companhia Campos Sindicate, empresa brasileira de abastecimento de água e tratamento de esgoto presenteou o 1º prefeito da cidade – Manoel Rodrigues Peixoto – um Chafariz de louça belga e estilo “bolo de noiva”, para que o instalasse em sua chácara na rua do Ouvidor. O prefeito fez uma doação do chafariz a cidade e o mesmo veio a ser instalado na Praça das Quatro Jornadas. O chafariz está sob seis degraus que formam sua base circular, cercado por pequena mureta com vasos de plantas ornamentando-a. No ponto central desta circunferência, duas bacias, a maior sob a menor. Ao redor da bacia maior, quatro colunas encimadas por quatro leões sentados, demonstrando importância, formando arcos com a base da bacia menor, definindo, sob o aspecto formal uma única peça escultural. Todo o chafariz é trabalhado com desenhos em relevo e em diferenciadas cores, predominando os tons azuis e caramelo.
O atrativo tem como entorno o Banco do Brasil, estacionamento, a Praça do Santíssimo Salvador, a Avenida XV de novembro e o Rio Paraíba do Sul. Hoje, totalmente reformado, constituí-se num atrativo turístico de grande beleza com seu lago com águas dançantes.

– Monumento ao Expedicionário

O Monumento tem sete metros de altura e quatro de largura. A figura do soldado, em bronze, tem três metros e nas faces laterais, há alto relevo alusivo ao embarque de voluntários para a Campanha da Itália. Na parte posterior, uma frase musical, em bronze, da marcha de Guerra “Brasil”, de autoria de Thiers Cardoso. Na parte frontal, uma coroa de louros, em bronze, com a seguinte legenda: “Campos, à glória eterna dos que lutaram pela Pátria”.
O monumento, que já recebeu os despojos do Capitão de Voluntários da Pátria, Manuel Teodoro de Almeida Batista, morto na Batalha de Tuiuti, está preparado para receber também, os campistas que serviram na Campanha da Itália.
Trabalho do escultor campista Modestino Kanto. Iniciativa do Dr. Thiers Cardoso e uma comissão de jornalistas. Esta localizado na Praça São Salvador.

2ª – Praia do Farol

Praia localizada há aproximadamente 45 km da cidade de Campos. O nome é devido ao farol de 47 metros de altura inaugurado em julho de 1882 cujo objetivo é sinalizar para as embarcações que trafegam na região. Sua importância se intensificou com o aumento do tráfego de embarcações de apoio às plataformas de petróleo na bacia de Campos.
O Farol de São Thomé reúne história, belezas naturais e diversão, sendo a praia mais badalada do norte do estado.  Turismo e lazer atraem a atenção o ano todo. Com estrutura hoteleira diversificada e de qualidade – hotéis, pousadas e restaurantes e casas noturnas dão suporte ao turista durante o ano todo. Nesta praia está presente o TAMAR, projeto de proteção e alimentação de tartarugas marinhas.

– Atrativos:

– Barcos de Pesca

As primeiras embarcações eram chamadas de bateiras ou canoas, mas foram substituídas por outras maiores que são lançadas ao mar através de tratores e retiradas para a praia através dos mesmos.

– Monumento do Farol

O Cabo de São Thomé é local de dificuldades para as embarcações. O navegador Gonçalo Coelho quando aqui esteve em 1501, dia da festa litúrgica de São Thomé, encontrou um banco de pedras submersas que avançava 15 milhas marítimas. Então viu-se a necessidade de sinalizar para alertar sobre o perigo.
Em 28/07/1882, data escolhida especialmente para coincidir com o aniversário de 36 anos da Princesa Isabel, foi inaugurado o monumento de 47 metros, projetado pelo mesmo arquiteto da Torre Eiffel. Sua importância se dá pela segurança que presta aos navegantes amadores e profissionais, alertando-os sobre a existência de elevações rochosas e extensas. Pode ser visitado com agendamento na Marinha do Brasil, órgão que administra os faróis da costa brasileira.

– Os Quiosques

Surgiram na praia em 1991, inicialmente como projeto da prefeitura cuja idéia era a construção de banheiros à beira mar para utilização dos banhistas, mas a manutenção desses banheiros custaria caro para a prefeitura, então a idéia foi reformulada e optou-se pela construção de bares com banheiros, todos padronizados, pois assim o dono do bar ficaria responsável pela manutenção dos mesmos; a idéia foi tão bem recebida, que hoje já são 38 em apenas 3 km de orla.

– Casuarinas

Nossas casuarinas não são nativas, ao contrário do que muita gente pensa. Elas foram importadas da Polinésia e plantadas aqui há cerca de 40 anos.

– Náutico e Cruzeiro

O cruzeiro foi erguido no ano de 1965, sendo um marco de fé e confiança no progresso da praia de Campos, mesmo ano em que foi inaugurado o Clube Náutico do Farol, que na época tinha estacionamento, salão envidraçado, piso de mármore, parque interno ajardinado, bar, churrascaria, boate, cinema, palco, piscina,playground e ornamentado com peças históricas valiosas.

– Igreja Nossa Senhora das Rosas

Ela tem a lateral repleta de vitrais com versos do pai nosso.

–  Vila do Sol

Esta parte da praia é conhecida como Vila do Sol e a sua característica maior são as ruas, todos com nomes de peixes típicos da região.

– Casa das Pedras

Quem passou por ela ou tem o costume de passar deve ter notado que ela vive fechada. Ás vezes se perguntam por que  alguém abandonaria uma casa tão grande, bonita; uns dizem que há fantasmas, que o dono morreu aqui e nunca quis ir embora, mas a verdade é que ela já pertenceu a um baiano riquíssimo que de tanto bancar festas para os amigos, acabou falindo e tendo que passar a casa a diante, trocando-o por um barco e um carro de um português aposentado que morou nela por uns quatro anos, quando a vendeu para um pernambucano rico e solteiro que foi morar lá sozinho.
Depois de alguns anos morando na casa, resolveu reforma-la e começou pela garagem dos fundos. Quando retirava as telhas despencou lá de cima e ficou paralítico, ficou ainda alguns meses na casa sendo cuidado pela caseira, até que, há 5 anos uma sobrinha dele veio busca-lo e levou para o Rio de Janeiro; depois disso nunca mais mandou notícias, a caseira diz que só sabe que está vivo porque continua recebendo o salário mensalmente.

– Farolzinho

É um farol de proporções bem menores que as do outro farol. Foi construído em 1882 , e localiza-se no ponto onde fica o Cabo de São Thomé. Funciona com energia solar.

– Xexé

Não se sabe por que esta localidade tem esse nome, mas sabe-se que foram feitas aqui em 1920 as primeiras perfurações à procura de petróleo nessa região. Em 1922, o coronel Olavo Saldanha, que foi o último proprietário da fazenda Boa Vista mandou abrir valas para drenagem na fazenda e sentiu um forte cheiro de querosene na alma retirada. Levou uma amostra para ser examinada no Rio de Janeiro e o governo, então, mandou que sondassem a região de Campos para averiguar a existência de Petróleo.
Quando concluíam que realmente havia petróleo ali, depois de uma explosão subterrânea, suspenderam as operações e voltaram À capital.
Meses depois voltaram na fazenda e fecharam o poço com cimento e chumbo e não se falou mais no assunto.

– Rua asfaltada com casa de madeira.

Foi á primeira rua a ser asfaltada, pois é a entrada dela, aqui existe uma casa de madeira, que era o estilo que predominava. Cercada de gradil ou gaiolinha, telha e chão de cimento colorido.

– Rua de Baixo

É conhecida assim, mas na verdade é a Av. Boa Vista e tem esse nome por causa da fazenda que deu origem ao Farol de São Thomé.

– O Farol

É um instrumento de sinalização que indica a existência de algum perigo no mar e que também orienta os navegantes quanto à localização da terra.
Foi construído por uma firma francesa no ano de 1877, mas só  inaugurado em 29 de julho de 1882, em comemoração ao aniversário da princesa Isabel. Tem 45 metros de altura e 216 degraus. É feito de um ferro especial que resiste a ferrugem, razão pela qual ainda se encontra em tão bom estado de conservação, do contrário a maresia já o teria destruído. A lanterna era cercada de vidraça de cristal e equipada com lente de cristal na espessura de 3 centímetros com lâmpada de 1000 watts e emitia 8 faixas de luz que giravam em forma de leque e alcançavam 25 milhas (mais ou menos 46 km).
Durante a segunda guerra mundial essa área serviu para aterrissagem de helicópteros para abastecimento, quando viajavam às costas da região.
No ano de 1967, houve um incêndio na lanterna, o farol foi então substituído por outro de categoria inferior e seu alcance ficou reduzido a 19 milhas (mais ou menos 35 km). Na época de sua inauguração,funcionava a querosene, atualmente funciona com energia comercial, mas possui 2 geradores para o caso de falta daquela e ainda funciona a querosene como originalmente,se preciso. Ele acende de acordo com horário do por do sol e faz a volta completa em 68 segundos.

– Igreja São Thomé

Em março de 1945, o padre beneditino D. Bonifácio Plum, celebrou a primeira missa oficial na capela de São Thomé.
A imagem do padroeiro da capelinha sustenta em suas mãos um livro aberto onde se lê: “Bendito os que não vêem e acreditam”.
A antiga capela foi destruída e em seu lugar construiu-se esta igreja, com material da capela destruída construiu-se essa ao lado.

– São Thomé Praia Clube

É o clube mais antigo da praia.

– Aldeia do Sol

É um complexo dotado de toda infra-estrutura necessária para a realização de eventos esportivos e culturais na praia durante o verão.
Palco para shows, posto de saúde para preservação e informação de doenças, campo de futebol de areia, praça de alimentação e feira de artesanato.

– Camping

Tem capacidade para 120 barracas, possui energia elétrica,caixa d’água, banheiros, telefone público e é totalmente arborizado, além de ter localização privilegiada a beira mar.

– Rádio velho

Esta localidade é conhecida assim porque aqui existiu uma estação de rádio e telégrafo. Inaugurado em 1912, a estação de rádio tinha uma torre feita de aço que media 75 metros de altura e com o vento forte oscilava 45 cm.
Durante muitos anos foi a mais poderosa estação de rádio do Brasil, oferecendo além de serviço normal, farto noticiário e prestando grande ajuda aos navegantes, além disso, estabeleceu comunicação com vários países estrangeiros inclusive o Japão.
Durante a última guerra mundial, a estação telegráfica foi entregue a administração da marinha tendo em vista a posição estratégica do referido local, uma vez que se trata do ponto mais avançado do litoral leste do nosso território.
Em 1945 foi feita permuta da área da antiga estação rádio cabo de São Thomé pela atual área ocupada pela Marinha.

– Viegas

Foi nesta localidade que, em 1925, teve início o veraneio na praia do farol de São Thomé.

– Terminal Pesqueiro

Foi construído com objetivo de implementar a pesca no farol de São Thomé, mas suas obras foram paralisadas e ficaram pela metade. Antes de recomeçarem as obras devem ser realizados estudos mais profundos sobre os aspectos marítimo e ambiental, pois a falta de observação desses itens no início das obras acarretou o avanço do mar sobre a costa, destruindo parte da entrada algumas construções e hoje avança inclusive sobre o mangue.
Empresas especializadas deverão ser convocadas para analisar a obra e corrigir o curso do projeto.

– Lagamar

É uma laguna e tem esse nome porque tinha um cordão que a ligava ao mar, esse cordão foi interrompido pela construção da estrada.
É uma área de preservação ambiental e seu perímetro é de aproximadamente 8 km.
Suas águas são salobras, ou seja, uma mistura de água doce e salgada é límpida, mas não há dados sob sua qualidade. Nela há grande variedade de peixes e aves, além do camarão pitu.

– Parque do Manguezal da Carapeba

O Manguezal da Ilha da Carapeba está situado na zona estuarina formada pelo encontro do Canal da Carapeba e Canal do Viegas, sendo que estes corpos d’água unem-se em uma única calha para desaguar no Canal da Flechas, localizado na fronteira dos municípios de Campos dos Goytacazes e Quissamã, entre a Praias a Boa Vista e Barra do Furado (SMMA, 2003).
A área do Manguezal da Carapeba é um dos últimos remanescentes deste ecossistema no município, sendo considerada como área de preservação natural, e segundo a proposta de macro-zoneamento do Plano Diretor do Município de Campos dos Goytacazes (2007), o manguezal da Ilha da Carapeba, faz parte de um futuro conjunto de unidades de conservação integradas, formada pelo Manguezal da Ilha da Carapeba, APA Municipal do Lagamar, e região do banhado da Boa Vista, compreendido entre o Lagamar e a Lagoa do Açú (nesta última há também um manguezal).
Segundo COUTINHO (2007) o momento atual pelo qual passa a região Norte Fluminense é alarmante, em especial a faixa litorânea compreendida pelos Municípios de São João Barra, Campos dos Goytacazes, e Quissamã, tendo em vista os vultuosos empreendimentos que ora se instalam nesta região. Em São João da Barra, encontra-se em processo de implementação a mega obra do Porto do Açú, que terá como uma da suas atividades principais, o escoamento da produção de minério de ferro. Em Campos, na Praia do Farol de São Thomé, será construídos um aeroporto, e Quissamã receberá em suas terras a instalação de um estaleiro e porto off-shore, localizado às margens do Canal da Flechas, e a uma pequena distância do Manguezal da Ilha da Carapeba.
Além disso há outros problemas associados ao ecossitema do manguezal da Carapeba, entre eles convém ressaltar as constantes interrupções no fluxo d’água, causadas pelo entupimento dos canais que defluem para Canal das Flechas e o conseqüente alagamento prolongado do manguezal, o que tem provocado o desfolhamento, e o aparecimento de raízes de stress (SMMA, 2003). Segundo os moradores locais, está ocorrendo uma redução progressiva do guaiamun (Cardisoma guanhumi), espécie considerada como a principal atividade econômica local. Os mesmos percebem que a redução da área de vegetação, bem como as mudanças no regime natural das águas, foram acompanhadas da redução na produção destes crustáceos. Há também uma preocupação dos moradores com as obras do porto (COUTINHO, 2007).

– Restinga do Xexé

A restinga do Xexé é uma área prioritária de proteção pelo PROBIO/MMA (Programa de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente) e representa o último remanescente de Mata de Restinga no litoral do município de Campos dos Goytacazes. Segundo IGESA (Kristosch, com. pess.) esse ecossistema é um dos mais ameaçados do Brasil, ocupa uma região de intensa especulação imobiliária, isto é, a região imediatamente costeira, sendo foco de uma série de ações conflitantes no que diz respeito ao seu uso.
Uma das principais importâncias ecológicas desse ecossistema é o de servir de refúgio para espécies ameaçadas de extinção, como por exemplo, o sabiá da praia (Mimus gilvus) e a preguiça de coleira (Bradypus torquatus). Além disso, a Restinga do Xexé é área de desova da tartaruga marinha cabeçuda (Caretta caretta). A região possui ainda uma importância sócio-ambiental e econômica, uma vez que se encontra ali uma grande quantidade de indivíduos da espécie Schinus terebinthifolius (aroeira), espécie essa cujos frutos possuem valores altos no mercado externo e podem ser uma alternativa de desenvolvimento sustentável para a população local se for bem orientada seu extrativismo. Os frutos da aroeira ocorrem na época em que o camarão entra no defeso, sendo uma alternativa para o sustento das famílias de pescadores. Atualmente esse extrativismo vem ocorrendo de maneira ilegal e desordenada gerando impacto para a fauna e flora local e colocando em risco o próprio recurso para as famílias no futuro.
Também é notório o aumento da dinâmica econômica que região vem sofrendo nos últimos meses, após a confirmação da implantação do complexo industrial da Barra do Açu, São Francisco de Itabapoana e o porto de apoio logístico do Canal das Fechas, divisa dos Municípios de Campos dos Goytacazes e Quissamã, ambos localizados a menos de 25 km da restinga do Xexé.
Considerando que a prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente indicou em seu Plano Plurianual a área em questão no Xexé como prioritária para criação de uma Unidade de Conservação; que no Plano Diretor Municipal, em fase de finalização, delimitou aquela área como zona de importância ecológica que deve ser preservada e que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro em sua plenária de 02 de abril de 2007 (conforme publicação do diário oficial) ao Exmo. Sr. Prefeito de Campos dos Goytacazes Alexandre Mocaiber a desapropriação da área em questão no Xexé para criação de uma Unidade de Conservação, e considerando também que se encontra no Conselho Municipal de Meio Ambiente um processo para ser apreciado que trata do empreendimento para loteamento da área em questão, é emergencial o processo de criação de uma unidade de conservação. Caso a unidade não seja criada, o loteamento se estiver fora da APP, poderá ser licenciado pela FEEMA.
3ª – Região das  Serras

No extremo Norte e Oeste do Município as colinas são predominantes. Apresentam-se com vários graus de relevo e remontam a uma era muito antiga do planeta, a pré – cambriano . A Noroeste do município, repousa o extremo setentrional da porção da Serra do Mar que se estende por todo  o território fluminense e em Campos, temos o Morro Itaoca, o qual , faz parte de uma serra abrigando vegetação característica da Mata Atlântica e local de várias modalidades de esporte de aventura. A Pedra Lisa  , assim como as Pedras do Baú e do Bauzinho,  que fazem parte de um conjunto , na região de Morro do Coco, chamam a atenção pela sua forma pontiaguda , apontando para o céu conforme o ângulo de observação.Segundo o historiador Lamego , a Pedra Lisa com 650 metros , é “um dos últimos testemunhos da serra do Mar ao norte do Paraíba “.
No distrito de Morangaba, a região do Imbé que forma o Parque Estadual  do Desengano, é uma área que preserva fauna e flora características da Mata Atlântica Nesse ambiente paradisíaco, formam-se cachoeiras como a Tombo d’Água e Maracanã. A Tombo d’Água tem uma queda de 80 metros formando uma piscina. natural de fundo arenoso, própria para banhos, com acompanhamento de guia. No Imbé está localizado o ponto mais elevado do município , o Pico São Mateus. Formação rochosa arredondada com 1.676m de  altitude, construído por uma gigantesca massa granítica. Do pico tem-se ampla visão do município de Campos dos Goytacazes e a paisagem natural da Mata Atlântica.
A sudoeste do município , no distrito de Morangaba , em Rio Preto , localiza-se a região da Bela Joana .Fica a 300m  do nível do mar , e apresenta características rurais devido a predominância  da agricultura e pecuária .Além das paisagens e costumes rurais, a região abriga remanescente da Mata Atlântica com belas  cachoeiras ,montanhas, riachos e um verde exuberante. O Pico Peito de Moça com 700m de altitude , tem semelhança com o pão de açúcar .A região propicia a prática de esportes de aventura como o rappel e alpinismo , sempre acompanhados de Guia de Turismo.
4ª – Cenário das Águas

O município conta com fartura de água, visto que tem em sua bacia hidrográfica um bom número de rios, muitos canais, formando uma extraordinária malha para irrigação e ainda várias lagoas.
Os corpos d’água presentes na região referem-se às cachoeiras, aos rios e às lagoas. Cenário perfeito para o desenvolvimento do turismo.

– Lagoa de Cima

Um dos mais antigos e representativos ecossistemas lagunares do Estado do Rio de Janeiro, a Lagoa de Cima, distante apenas 28 km da sede do município, é uma “jóia preciosa”, semelhante aos lagos suíços. Com águas turvas e temperaturas amenas é muito procurada para a prática de diversos esportes aquáticos, além da atividade pesqueira, sendo rica em várias espécies. O lugar guarda o magnetismo da natureza exuberante, o bucolismo interiorano atraindo ao descanso, a tradição religiosa na Igreja de Santa Rita de Cássia, o culto aos esportes no Yatch Clube e até o misticismo do interior de uma caverna enigmática.

– Lagoa Feia

Situada no distrito de Tocos, possui uma área de 13 km², sendo a maior do estado do Rio de Janeiro. É uma região selvagem possuidora de riquíssimo ecossistema. Em toda orla, junto às margens, vegetação aquática formada por iguapés, tabuas, paperis, oraltas de burro e outras, como a dama-do-lago, fixada ao fundo de águas rosas, com bela cor lilás azulada.
O nome “feia” foi dado porque quando o vento agitava as águas, estas se encrespavam e causavam medo aos canoeiros. A primeira descrição da Lagoa Feia data de 1632.

– Lagoa do Campelo

É a maior lagoa de restinga do Norte do Rio de Janeiro, localizada na margem esquerda da foz do rio Paraíba do Sul. A lagoa tem um grande papel social, sendo fonte de renda para pescadores da população de seu entorno. É cercada por brejos e à retaguarda destes circunda  pastagens.
– Lagoa Limpa

Localização: BR 101 Norte – distrito de Travessão distante 20 km do Centro. Lagoa de beleza ímpar, mas com infraestrutura, ainda, precária. O acesso é feito por uma das fazendas que a rodeiam, através de uma caminhada de uns quarenta minutos. É possível apreciar a fauna e flora locais. Mais adiante da caminhada chega-se a uma área de mata fechada e enfim, a tão esperada Lagoa. O encanto se torna ainda maior porque o espelho d`água reflete toda a exuberância do lugar.É um belíssimo atrativo natural que precisa ser desvendado pelo Turismo!

– Cachoeiras

Tombo d’Água, Maracanã, Babilônia e Bela Joana. As exuberantes cachoeiras do município se encontram no Distrito de Morangaba e são atrativos belíssimos para quem as visita. Algumas encontram-se no Parque do Desengano e devem ser visitadas com agendamento prévio e acompanhadas de guias de turismo. Representam um magnífico cenário para banhos e contemplação da natureza.
– Rio Paraíba do Sul – esse rio percorre 37 municípios e sua importância estratégica para a população fluminense pode ser avaliada pelo fato de que o rio Paraíba do Sul é a única fonte de abastecimento de água para esses locais. Corta o município de Campos  Nasce na serra da Bocaina, no Estado de São Paulo, fazendo um  percurso de 1120km até a foz em Atafona, em São João da Barra. Em Campos é um rio de beleza ímpar, na vista mais bonita da cidade, a Curva da Lapa, ele guarda a Lenda do Ururau. Também se destacam as Regatas no dia do padroeiro e as Competições de Remo.
5ª Baixada Campista

Texto compilado de “Reminiscências Culturais dos Aceiros de Cana da Baixada Campista ” FAFIC -2008  Núcleo de Iniciação à Pesquisa Científica em Comunicação.”
Coordenador: Orávio de Campos Soares.
Pesquisadores:Andresa Alcoforado,Maço Antônio Lourenço,Michele Barros dos Santos,Paulo de Almeida Orives,Pricila da Silva Gonçalves,Raquel correia de Freitas,Rosália Maria dos Santos, Alexandro Chagas Florentino, Osiel Azevedo,Elço Ferreira.
Região de importante relevância para o município pois, os Sete Capitães se instalaram na planície por aí e construíram os primeiros currais .
Os primeiros viajantes estrangeiros à Baixada, a chamaram de os ” Campos Elíseos”, comparados ao “Champs d’ Elisée ” – de Paris. O imortal escritor José Cândido de Carvalho diversificou seus romances com personagens e histórias que tiveram como cenário principal essa região .

Atrativos:

– Santo Amaro

O distrito de Santo Amaro comporta a mais importante e cultuada “Festa de Santo Amaro”, realizada anualmente, no dia 15 de Janeiro.

– São Sebastião

O distrito foi palco das grandes mudanças realizadas na história .

– estrada de ferro Campos / São Sebastião 1873

– Campo Limpo

A capela  de Nossa Senhora do Rosário foi a primeira construção da Baixada Campista . As terras para a construção foram doadas pela viúva de um dos “sete capitães ” – estilo barroco.

– Donana

É o lugarejo da Baixada mais próximo de Campos. Ali se  encontra uma das capelas mais antigas , a de Nossa Senhora do Rosário , construída pela família Carneiro da Silva, tombada pelo Patrimônio Histórico.

– Danças:

Mana – Chica
Jongo
Fado, lanceiro, mazurca →essas exploradas em período  muito  remotos que se apagaram.

– Linguajar:

Muitos jargões e bordões foram esquecidos devido à expansão global da comunicação. Mas alguns raros fragmentos foram  encontrados:

Cabrunco
Pocar
Lambreta
Enxugador
Engomador

– Muxuangos e Mocorongos

A miscigenação racial foi apagando os traços iniciais desse povo , que eram :

Muxuangos:  olhos azuis  ou esverdeados
rosto largo
lábios finos
nariz reto
corpo magro
estatura variável

Mocorongos:  morenos
olhos castanhos escuros ou amendoados
cabelos negros e corredios
osso do rosto em relevo
barbicha gasta
boca extensa
sorriso duvidoso
– Prédios Históricos:

Solar do Colégio → a casa dos jesuítas , edificação do século XVII, com marco em pedra , com símbolo da Ordem Jesuíta:”Tudo em Nome do Senhor”.

Mosteiro de São Bento –  localizado a 31 Km no distrito de Mussurepe, o mosteiro foi construído pelos padres beneditinos no fim do século XVII. No início era uma igreja de taipa coberta de palha sob a invocação de Nossa Senhora. Também foram construídas casa de palha para vivenda dos religiosos e oficiais e outras  para escravos curraleiros.Construção bela que denota tranqüilidade e devoção.

Casa de Cultura José Cândido de Carvalho  –  Goytacazes –  Uma estação de trem, construída na década de 50, dá as boas vindas a quem chega ao distrito de Goytacazes. Lá funciona a Casa de Cultura José Candido de Carvalho que comemora 25 anos. Seu nome é em homenagem ao grande escritor campista, autor do famoso livro ” O coronel e o Lobisomen”. A casa abriga a minibiblioteca, cursos gratuitos de artesanato e exposições.

Igrejas : Campo Limpo, Donana, São Gonçalo, São Sebastião, Santo Amaro
–  Rezadeiras:

A força das rezadeiras tem forte presença no interior e muitas ainda conseguem sobreviver.
No relato das rezadeiras, que ainda se perpetuam no tempo, apesar dos avanços nas novas tecnologias a fé na religião engloba pessoas de todas as classes sociais..

– Lugarejos:

Tocos

Mineiros

Goytacazes
Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Econômico
Por: Ana Neri Alvarenga
Mais informações: (22) 2733-4331

 

Fonte: http://camposturismo.com.br

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